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Brasília, 25 de maio de 2017 |
Presidente da Pública, Nilton Paixão, emite
nota de repúdio ao Governo Michel Temer |
Após os acontecimentos do Ocupa Brasília, que ocorreu ontem, dia 24 de maio, o presidente da Pública - Central do Servidor, Nilton Paixão, emitiu uma nota de repúdio ao Governo de Michel Temer, o qual exigiu a presença das Forças Armadas em Brasília como último recurso para tentar se impor em meio a crise política que a própria má administração do Brasil o levou. Confira a seguir a nota na íntegra:
Um Governo amoral faz do exercício da força sua última forma de respeito
Um Governo sem voto, mas constitucionalmente considerado legal, entrou no território da amoralidade quando seu presidente foi pego em acordos de corrupção.
Quem respeita ladrões?
Esta é a situação dos brasileiros, ciosos da normalidade jurídica, porém indignados com a situação de ter de suportar e conviver com um presidente , assessores e ministros, cujo desenho de organização é mais quadrilha do que de grupo político.
O #OcupaBrasilia de 24 de maio fez o Governo, ao colocar as Forças Armadas na rua, e o Governo de Rodrigo Rollemberg do Distrito Federal com sua polícia militar, mostrarem seu último recurso para manter as aparências de poder: a violência!
Mesmo que Black blocs aventureiros e a serviço sabe-se lá de quem, estivessem infiltrados e prontos para a provocação, em hipótese alguma é aceitável reação indiscriminada de uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha dirigidos a pessoas que representam setores organizados e respeitáveis da sociedade.
Vemos políticos inescrupulosos, negociando no dia a dia de Governo como se fosse sua "lojinha", aproveitando oportunidades e vendendo facilidades. Estão lá, ocupando e capturando nossas instituições e usando-as contra nós mesmos.
Nada absolve o uso de violência do Estado contra manifestações de cidadania de maneira discricionária. Governo que pretende se mostrar legítimo e com governabilidade, que já não tem, pelo uso da força, já perdeu qualquer tipo de respeito, qualquer tipo de consideração. Trata-se de um Governo que quer manter a cerimônia e na calada da noite ocupa-se com acordos clandestinos e criminosos.
Esse Governo passará, muitos do que nele estão ficarão ocupados em tentar se livrar da Justiça. Enquanto nós cidadãos prosseguiremos com nossas causas.
Só mais um dia, uma semana ou um mês, enfim, um pouco de paciência e um novo Brasil vai emergir desse processo fétido. Essa é a esperança de todos nós.
Nilton Paixão
Presidente da Pública Central do Servidor
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